Seduc estuda dar novo destino a lixo orgânico em escolas municipais

ONG Ecophalt ensinou profissionais da nutrição a fazer composteira

5/2/2021

Dar novo significado ao lixo orgânico produzido pelas escolas municipais. Esse será o foco da parceria entre Secretaria de Educação (Seduc) e organização não-governamental (ONG) Ecophalt. Nesta quinta-feira (4), o primeiro passo foi dado com a capacitação realizada para integrantes da Divisão de Alimentação Escolar. Na ocasião, a presidente da ONG, Syllis Flávia Paes Bezerra, ensinou os presentes a fazerem um minhocário/composteira com baldes de plástico.

Idealizada pelo Departamento de Educação Ambiental, a parceria conta também com participação das subsecretarias de Administração e de Planejamento de Expansão de Rede Escolar. Com apoio da ONG Ecophalt, por meio do projeto Eco Kids Composta, uma composteira ficará instalada na cozinha de cada unidade de ensino. Desta forma, o lixo orgânico produzido terá como destino final o minhocário, com objetivo de transformar algo que seria descartado em adubo.

O projeto piloto será desenvolvido em uma unidade de Educação Infantil ainda a ser definida. A pasta municipal aproveitará a retomada das aulas presenciais de forma escalonada, que deve ocorrer no início de março, para experimentar a aplicação na prática. Conforme o andamento da atividade, a tendência é de que a iniciativa seja ampliada para mais escolas até alcançar a totalidade.

A secretária de Educação, professora Cida Cubilia, destacou a relevância projeto com objetivo de trabalhar de forma pedagógica a destinação correta do lixo. “Trata-se de uma ação que começa de forma pequena. Mas com o volume de material produzido pelas escolas podemos, no futuro, abastecer a Secretaria de Serviços Urbanos (Sesurb) com adubo para utilizarem em praças e jardins da Cidade”, ressaltou.

Na prática – Além de marcar o início do projeto piloto, o encontro serviu para a representante da ONG Ecophalt ensinar para a equipe da Secretaria de Educação como fazer um minhocário. Para isso, precisa-se de três baldes de plástico com tampa, uma torneira, terra, minhoca e serragem ou folhas secas. No primeiro balde, que servirá como base, faz-se furos na parte superior e instala-se a torneira embaixo. Na tampa, um corte retangular servirá de apoio para fixar o segundo em cima.

Neste balde, repete-se os furos na parte superior e recorta-se a tampa para servir de apoio para o primeiro onde repete-se o mesmo processo. Ao final, ficará uma torre com os três empilhados. Uma vez pronto, a terra será colocada no primeiro balde junto com as minhocas. Joga-se o composto orgânico (casca de banana ou de ovo, borra de café, folhas como couve e alface) em cima e cobre com serragem ou folhas secas, fazendo camadas.

Depois, de 2 a 3 meses para transformar o composto orgânico em adubo. “Queremos reduzir a quantidade deste material jogado de forma incorreta. Para se ter ideia, cerca de 60% do lixo que chega no aterro Sítio das Neves, na área continental de São Vicente, é formado por composto orgânico. Lutamos para diminuir esse impacto transformando o que seria inutilizado em algo produtivo ainda”, destacou, Syllis Bezerra.

O minhocário produzido durante a capacitação foi doado a Secretaria de Educação (Seduc). Ele ficará no refeitório do prédio administrativo da pasta. Outra composteira será instalada no Departamento de Educação Ambiental. “Teremos o mês de fevereiro para nos preparar e, com o retorno das atividades presenciais, levar a iniciativa para a escola piloto”, completou a diretora do DEA, Eliane Queiroz.