Secretaria de Urbanismo realiza reunião com ambulantes irregulares

Os presentes foram cadastrados para posterior análise

Por Aline Gomes | 7/1/2014

A Secretaria de Urbanismo realizou nesta terça-feira (7) o cadastro de 234 ambulantes que atuam irregularmente no município. De acordo com o secretário da pasta, Arnaldo Amaral, caso a caso será analisado e será verificada a possibilidade de futuramente regularizar a situação. “Primeiramente recebemos uma comissão de cinco representantes que concordaram em fazer um cadastro e posterior análise. Após isso, todos foram levados no auditório Roberto Marinho, onde receberam todas as informações e orientações”.

Amaral afirma ainda que o cadastro não significa que o ambulante está autorizado a trabalhar no município. “Este cadastro servirá para analisar a situação sócio-econômica de cada um e, partir daí, será analisada a possibilidade de inserir essas pessoas na legalidade”, diz.

Durante a reunião foi destacada a proibição da venda de alguns itens, independente do ambulante ter ou não a licença. “Não existem licenças para vender raspadinha, queijo coalho, churrasco e bandejinha (camarão no espeto, entre outros). Isso é uma questão de vigilância sanitária e, Praia Grande não libera a venda desses produtos por ambulantes”, explica o secretário. Por questão de saúde, a venda de óculos de sol também é proibida.

Mesmo sendo vendedor de raspadinha, um dos itens proibidos, o ambulante Adilson José dos Santos ficou satisfeito com a ação da prefeitura. “Nós nos reunimos e viemos à prefeitura de maneira organizada e fomos bem recebidos. O secretário de Urbanismo nos ouviu e se comprometeu em analisar a situação de cada trabalhador”.

Quando perguntado sobre o produto que vende, que é proibido, ele afirma que vai buscar soluções junto aos órgãos responsáveis. “Vou procurar os órgãos de vigilância sanitária e procurar uma solução, sempre através da ordem e da justiça”, comenta.

Para a vendedora de milho cozido, Rosângela de Araújo, a reunião foi um grande avanço para solucionar o problema da falta de licenças. “A maioria dos que estão aqui são moradores da Cidade e trabalham o ano todo e não apenas na temporada. Nós merecemos, pelo menos, ter nossos casos analisados pelos responsáveis. Achei uma atitude muito positiva da prefeitura”.

Atualmente, a concessão de licenças para ambulantes está suspensa devido ao grande número de ambulantes já licenciados, são cerca de 1.200 vendedores em toda a Cidade.

Fiscalização- A Operação Verão 2014 está em funcionamento desde o início de dezembro de 2013 e segue até o mês de março de 2014. O principal objetivo é fiscalizar ambulantes, barracas e comércios e também orientar ciclistas e pedestres para que sigam o código de posturas do Município. A principal preocupação é oferecer à população e aos turistas, maior segurança na hora de comprar produtos, principalmente no que diz respeito à saúde pública. “Durante toda a operação recolhemos espetos de carne estragada, queijo na mesma situação. Estes produtos podem causar diarreia, intoxicação alimentar, causando sérios danos à saúde das pessoas”, afirma o secretário.

Perigo à Saúde
A médica do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, Leila Prieto, explica sobre os perigos de consumir produtos irregulares. “O consumo de produtos mal acondicionados pode causar desde uma infecção gastrointestinal, até um quadro mais grave como o botulismo”.

Ela orienta ainda que a população tenha ainda mais cuidado com alimentos sem procedência. “Alimentos mal acondicionados, muito tempo fora da geladeira ou manuseados de maneira inadequada podem causar muitos danos à saúde, principalmente das crianças. Na praia o problema fica ainda maior, devido ao calor intenso e à falta de higiene na hora de manipular o alimento. Por isso é importante a fiscalização de todos os comércios”, afirma.

Aqueles que suspeitarem de estabelecimentos, barracas ou ambulantes que estejam em situação de irregularidade podem ligar para a fiscalização da Secretaria de Urbanismo, através do telefone 3496-2074 ou para a Vigilância Sanitária, no telefone 3496-2432.