Melhor Idade recebe orientação sobre empréstimo consignado

Defensores públicos se reuniram com aposentados no Conviver Guilhermina

Por Luciano Agemiro | 6/10/2015

Cerca de 50 idosos participaram de um encontro esclarecedor sobre empréstimos consignados, realizado no Conviver Guilhermina, nesta terça-feira (6). Defensores públicos do Município prestaram orientações jurídicas sobre os cuidados que os aposentados devem tomar para não perderem o controle das finanças.

Oferecidos aos montes por bancos ou empresas de financiamento, os empréstimos consignados podem se tornar um grande problema para os aposentados. Antes de assinar o contrato, muitos consumidores não se atentam ao que está escrito no contrato e acabam caindo em golpes de oportunistas.

Foi o que aconteceu com o aposentado Carlos Alberto Itzcovich, de 70 anos, que hoje paga 4 empréstimos. O primeiro foi adquirido na porta de uma agência bancária, onde um corretor abordou o aposentado. Conversa vai, conversa vem, R$ 2.400,00 foram depositados na conta do aposentado. “Eu não tinha interesse em empréstimos. Ele me ofereceu condições que pareciam muito boas e acabei aceitando”.

Dono de uma pequena lanchonete, o aposentado contraiu o segundo empréstimo para quitar dívidas do comércio. A situação apertou e o terceiro empréstimo foi usado para pagar dívidas decorrentes dos anteriores. Mais uma vez o aposentado caiu no conto do corretor e acabou fechando o quarto empréstimo.

Hoje, do que recebe mensalmente, o aposentado paga os empréstimos, a mensalidade da casa onde mora e fica com R$ 90,00 para passar o mês. “Desconfio que o meu primeiro empréstimo foi renovado sem minha autorização. A empresa é do Rio Grande do Sul e ainda não consegui resolver isso”.

Já a aposentada Maria Odila Padula, de 64 anos, é contra empréstimo, cartões de crédito e qualquer outra forma que possa gerar endividamento. “Fiz um empréstimo uma vez, para ajudar minha filha, mas quitei rapidamente. Nunca mais quero empréstimo consignado na minha vida”.

A fórmula usada por Maria é simples: juntar dinheiro e pagar a vista.

De acordo com o defensor público, Gustavo Goldzveig, um dos problemas mais comuns é a falta de atenção ao contratar os empréstimos consignados. “O ideal é nunca precisar, mas se não puder evitar, pesquisar a instituição que oferece os menores juros, ficar atento ao contrato e nunca acreditar só na palavra do corretor”.

O encontro contou ainda com presença de outros dois profissionais. A defensora pública Renata Manzoni Bernardi e a assistente social da Defensoria Pública, Ângela Martinez.

Quem precisar de orientação jurídica sobre este ou outros assuntos pode entrar em contato com a Defensoria Pública do Município, que atende na Rua Ubirajara Keutenedjian, nº 51, atrás do Atacadista Assaí, no Bairro Mirim. O telefone de contato é 3494-4498.

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