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  Not�cia do dia 23/6/2005
Por Katia Giulietti
 
 
Estado apóia criação de consórcio hospitalar no Litoral Sul

Prefeitos e representantes dos quatro municípios apresentam proposta ao secretário estadual, em São Paulo. Hospitais serão gerenciados pela Unifesp
 
 
Autor: Edmilson Lelo
Encontro prefeitos com o secretário Barradas Barata
 
O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, manifestou total apoio à proposta apresentada na manhã de hoje (23) por prefeitos e representantes dos quatro municípios do Litoral Sul de criação de um consórcio regional de forma a integrar os serviços hospitalares sob uma gestão única, que estaria a cargo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pelos prazos estabelecidos no encontro e vencidas as questões jurídicas que envolvem sua constituição legal, o consórcio de hospitais das cidades de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe poderá estar funcionando entre setembro e outubro deste ano.

“Trata-se de uma solução inédita e que poderá servir de modelo a outras regiões”, disse o secretário. Ele acredita que a gestão única permitirá a otimização dos recursos, com a elevação na qualidade de atendimento inclusive para os demais municípios da região metropolitana, na medida em que possibilitará que o Hospital Guilherme Álvaro seja desafogado.

Pela proposta, seriam criadas referências e estabelecidos protocolos de atendimento entre as quatro cidades, ou seja: determinadas especialidades ficariam por conta de uma das cidades e os pacientes dos quatro municípios teriam garantidas vagas para o atendimento hospitalar que necessitassem.

Potencialização - A otimização de recursos se daria pela centralização de determinados serviços, como por exemplo, de laboratório, de lavanderia e do setor de compras. Outro ponto destacado pelo secretário estadual é a potencialização dos equipamentos, impedindo sua ociosidade. A região atuaria nas áreas de baixa e média complexidades hospitalares, enquanto procedimentos de ponta (alta complexidade), como alguns nas áreas de cardiologia e oncologia, continuariam referenciados para Santos e São Paulo.

O diretor-administrativo da Unifesp, Samuel Goihman, que participou do encontro dos prefeitos com o secretário, informou que a entidade já visitou os quatro hospitais e está concluindo levantamento técnico e financeiro para viabilizar o consórcio. Deixou claro, porém, sem especificar valores, que haverá necessidade de aporte maior de recursos dos governos Federal e do Estado, além dos recursos próprios das prefeituras. Segundo ele, o estudo prevê que 90% das intercorrências hospitalares dos quatro municípios sejam atendidos pelo consórcio, ficando para Santos e Capital apenas 10%, justamente os procedimentos das chamadas altas complexidades.

Conforme os prazos acordados no encontro, em 15 dias, a Unifesp concluirá seu relatório e debaterá as informações com as secretarias de saúde das quatro cidades. Finalizado acordo sobre referências e protocolos de atendimento, será submetido aos prefeitos. Em seguida, apresentado ao secretário, que pretende levar a proposta final ao governador Geraldo Alckmin nos primeiros dias de agosto. Paralelamente, serão feitos os contatos com o Ministério da Saúde e elaborados os projetos de lei de assinatura do convênio do consórcio para apreciação das respectivas câmaras municipais.

Satisfação – Conforme informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saúde do Estado, pesquisa do Governo indica que nos três hospitais administrados pela Unifesp (em Pirajuçara, Diadema e em Mogi das Cruzes) o índice de satisfação quanto ao atendimento atinge a marca de 95%. E mais: nesses hospitais houve ampliação em 33% do atendimento com redução de 25% dos custos.

O prefeito Alberto Mourão definiu a reunião de hoje como “histórica”. Para ele, “o caminho para o fim da crise hospitalar na região está pavimentado”. Lembrou que os quatro prefeitos têm se reunido há meses em busca dessa solução. “São problemas que não se resolvem da noite para o dia. Mantivemos contatos com vários parceiros, mas chegamos à conclusão que o melhor será a Unifesp, que administra três hospitais, irá nos transferir conhecimento e ainda acena com a possibilidade da criação de curso superior na área da Saúde”.

Mourão explicou que o levantamento das demandas hospitalares, que já está em fase de conclusão, definirá quais referências ficarão em cada uma das quatro cidades. “Esse Raio-X mostrará onde e em quais áreas apresentam estrangulamentos”.

Além de Mourão, participaram do encontro com o secretário Barradas Barata os prefeitos João Carlos Forssell, de Itanhaém, e Arthur Parada Prócida, de Mongaguá. Peruíbe foi representada pelo diretor de Saúde, César Kabach Prigenzi. A reunião contou ainda com a presença de secretários municipais de Saúde e vereadores de Praia Grande e Peruíbe.