Por Rodrigo Herrero
A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande iniciou nesta quinta-feira (25) o projeto Formação em Controle Social no SUS (Sistema Único de Saúde). A oficina visa sensibilizar a comunidade a se aproximar do serviço público, conhecer seus direitos e contribuir na elaboração de propostas que visem a melhora da saúde praia-grandense. A atividade aconteceu na Unidade de Saúde da Família (Usafa) Noêmia e reuniu usuários e trabalhadores do local, além da equipe da gestão da pasta que organiza o projeto.
Após o cumprimento de todas as etapas da oficina nesta Usafa, a iniciativa deverá ser replicada nas demais unidades para que a população de todo território praia-grandense tenha acesso às informações sobre saúde pública e possa participar mais desse processo. O maior empoderamento da população visa a futura criação dos Conselhos Locais de Saúde (CLS), meta que faz parte do Plano de Governo da prefeita Raquel Chini.
A Formação em Controle Social no SUS é também uma das iniciativas que compõem a Política Municipal de Humanização (PMH). “A proposta do projeto é sensibilizar os usuários e trabalhadores da saúde sobre a participação social, conhecer como funciona o SUS, seus direitos e também serem multiplicadores de todo esses processos. E ao sensibilizar esses atores, fazer com que essa participação social seja maior”, destaca o membro da Comissão Municipal de Controle Social e um dos palestrantes da oficina, Guilherme Augusto Braga da Silva, que também é coordenador-geral do Grupo de Trabalho de Humanização em Saúde da Sesap.
“O segundo passo é implantar os Conselhos Locais de Saúde, é uma necessidade, está dentro da legislação e é um direito do cidadão. Todo esse trabalho é fundamental para que o cidadão se reconheça e desenvolva um senso de pertencimento e, a partir disso, ele se torne corresponsável com as ações de saúde e seja um ator protagonista do próprio cuidado, envolvendo a família, território e comunidade”, complementa Braga.
A oficina é dividida em quatro módulos que vão abordar aspectos como sociedade, as políticas públicas e a legislação, os conselhos, comissões e conferências de saúde e financiamento do SUS. Na abertura da oficina, Guilherme Braga explicou aos participantes sobre o projeto, quais aspectos serão abordados, bem como seu objetivo. Em seguida, o médico de saúde família da Usafa Noêmia e um dos palestrantes da oficina, Renato Cesar Vaz Guimarães, iniciou a discussão do primeiro módulo ao falar sobre o território onde está situada a Usafa e o que interfere na saúde e na doença da comunidade.
“Esse módulo tem o objetivo de discutir o que é o território, como ele influencia no adoecimento das pessoas e até no processo de trabalho da unidade. Por exemplo, não dá para achar que aqui no Noêmia os processos vão ser idênticos aos de uma unidade do outro lado do município, por exemplo, que tem outra composição de território, de população e de acessos. Também partimos do mapa físico-geográfico do nosso território para que as pessoas enxergassem e vivenciassem o território, antes de entrarmos nas partes mais complexas”, explica.
Mais informações sobre esta oficina podem ser obtidas na Usafa Noêmia. Em breve, a formação será realizada em outras unidades.
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