Por Rodrigo Herrero
Com o objetivo de oferecer uma saúde de cada vez mais qualidade para a população praia-grandense, o Grupo de Trabalho de Humanização em Saúde da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande se reuniu com membros do grupo de humanização do Complexo Hospitalar Irmã Dulce (CHID). O encontro buscou conhecer e integrar os planos e ações desenvolvidas por cada equipe, fortalecendo os esforços centrados pela Administração Municipal na humanização do atendimento nos vários níveis de Atenção à Saúde.
O encontro é mais uma etapa da implantação da Política Municipal de Humanização (PMH), em atendimento à Política Estadual de Humanização (PEH), que, por sua vez, faz conexão com a Política Nacional de Humanização (PNH). Neste ano, estão sendo contempladas três dimensões distintas: saúde do trabalhador, direitos do usuário e saúde materno-infantil.
Implantada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano dos serviços de saúde, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Segundo o Ministério da Saúde, a humanização almeja valorizar os usuários, trabalhadores e gestores, dando oportunidade para uma maior autonomia, ampliando ainda a capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde.
Cuidados paliativos – Outro aspecto da reunião foi a discussão para a criação de uma comissão integrada de cuidados paliativos no Município, com a participação de membros de diversas áreas da Sesap bem como do Hospital Irmã Dulce. O objetivo é desenvolver uma linha de cuidados para o paciente que necessita desse tipo de atendimento, conectando os diversos serviços da rede para este fim.
A medida está em consonância com as discussões desenvolvidas no âmbito do Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista (DRS-IV). Em junho, por exemplo, durante encontro regional de humanização em saúde sediado em Praia Grande, foi realizada uma palestra sobre cuidados paliativos. A meta é que todos os municípios da Região criem tais comissões e fortaleçam as discussões em torno desse tema.
“A ideia é formatar uma comissão que consiga integrar os diversos níveis de Atenção à Saúde do Município para desenvolver um fluxo de atendimento ofereça a atenção e o acolhimento devidos a esse paciente que necessita de cuidados paliativos não apenas em nível hospitalar, mas também na Atenção Primária, por exemplo. Muitos casos as pessoas podem receber os cuidados paliativos em casa e podem contar com o suporte de outros equipamentos da rede municipal de saúde”, comenta o coordenador-geral do Grupo de Trabalho de Humanização em Saúde da Sesap, Guilherme Augusto Braga da Silva.
De acordo com o Ministério da Saúde, os cuidados paliativos são cuidados destinados a toda pessoa afetada por uma doença que ameace a vida, seja aguda ou crônica. Os cuidados paliativos são tomados a partir do diagnóstico de uma enfermidade, visando a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares. E apesar do imaginário popular crer que seja um tratamento para quem está em fase terminal, os cuidados paliativos vão além e também podem ser oferecidos para tratar paciências com enfermidades crônicas, visando dar maior conforto e dignidade para o paciente.
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