Há 6 anos, um grupo de voluntárias da unidade Melvi do Programa de Integração e Cidadania (PIC) confecciona polvos de crochê para recém-nascidos do hospital da Cidade. As peças, apontam pesquisas, levam conforto para os pequenos no período em que estão internados, recebendo tratamento. A entrega deste ano ocorreu na quinta-feira (14) e 80 unidades dos polvos foram entregues.
Os polvos foram levados para a maternidade do Hospital Municipal Irmã Dulce. Desde o início do projeto, mais de 400 unidades já foram entregues, sempre uma vez por ano. Atualmente, 20 mulheres participam da confecção dos polvos de crochê. Os responsáveis pelo Hospital receberam as peças e agradeceram a iniciativa das voluntárias.
Uma vez por mês, as voluntárias se reúnem para botar a conversa em dia e atualizar as informações da produção. A maioria das peças é confeccionada em casa pelas mulheres, nos momentos de descanso entre os afazeres do dia a dia. Em Praia Grande, o projeto ganhou o nome do menino Samuel, filho de uma das frequentadoras da unidade.
De acordo com o diretor técnico do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, Amer Khatib, a ação das voluntárias vai ao encontro do trabalho realizado no complexo, voltado à humanização dos atendimentos. “Essa ação específica para um momento tão delicado em que as mães e os filhos passam só acrescenta às nossas ações na maternidade”.
O secretário de Saúde de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira, acompanhou a visita das voluntárias ao hospital. “Acho esse trabalho de dedicação dessas mulheres muito bonito. A iniciativa de fazer algo para ajudar os bebês recém-nascidos e suas mamães torna mais fácil a superação das inseguranças dessa fase”.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade de Praia Grande, Marica Del Carmen Padim Mourão, a Maruca, sempre acompanha a doação e destacou que se trata de um momento emocionante. “Esse clima da maternidade envolve a gente. Por mais simples que pareçam ser, os polvos de crochê levam conforto para as crianças, isso é impressionante”.
Origem - O projeto, surgido na Dinamarca em 2013, confecciona polvos de crochê e os doa para bebês prematuros em unidades de tratamento intensivo neonatais. O objetivo é que, quando abraçado, o brinquedo transmita calma e proteção ao recém-nascido, já que os tentáculos remetem ao cordão umbilical e causam a sensação de segurança parecida com a do útero materno.
Às vezes quando as crianças nascem prematuras, precisam ficar conectadas a muitos aparelhos e podem puxar os fios desses equipamentos. Com a tranquilidade transmitida pelos polvos, a tendência é que esses bebês se acalmem e não removam os sensores.
Para saber mais sobre o projeto, basta entrar em contato com o PIC Melvi, por meio do telefone 3496-5064.
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