Acolhidos do abrigo provisório buscam emprego para recomeçar a vida

Boa parte quer se estabelecer e a busca por trabalho é um desafio

10/8/2021

Recolher latinha, papelão ou vender coisas nas ruas de forma irregular acaba sendo uma forma de renda comum entre a maioria dos moradores em situação de rua. No abrigo provisório, montado no Ginásio Mirins III, no Bairro Canto do Forte, muitos dos acolhidos buscam no emprego fixo a chance de recomeçar.

Erick Lima, de 22 anos voltou a falar com a família, mas decidiu que não é o momento certo de voltar para casa. Preferiu ficar em Praia Grande e aqui vai tentar se reestabelecer e começar uma vida nova. “Quero um emprego, já fiz muita coisa na minha vida. Tenho certeza que serei um bom funcionário”, afirma.

Fabio Silva, de 34 anos, é mais um acolhido do abrigo que procura um emprego. Chegou no abrigo por meio do convite da equipe de abordagem e no abrigo já conseguiu um trabalho temporário como pintor. “Muita gente está me ajudando. Para nós que estamos na rua, o que falta é uma oportunidade”.

A falta de documentos atrapalha a busca de emprego de Lucas Ferraro, de 32 anos, vai ser pai e quer ter seu espaço para dar tranquilidade ao filho. “Trabalhei em logística por 6 anos, sei dirigir caminhão, já mexi com eletricidade, encanamento. Sem carteira e sem celular fica difícil arrumar emprego. As pessoas têm que parar de julgar quem está na rua”.